Paraná e Misiones vão buscar solução para trânsito de turistas na fronteira de Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú

O secretário estadual de Turismo, Márcio Nunes, confirmou nesta sexta-feira, 2, as articulações com as autoridades argentina para agilizar o trânsito dos turistas que circulam entre Foz do Iguaçu (Brasil) e Puerto Iguazu (Argentina) na tríplice fronteira formada ainda pelas cidades paraguaias de Ciudad del Este, Presidente Franco e Hernandarias. “A proposta inclui uma área livre entre as duas cidades, evitando as filas e a burocracia nas cabeceiras da Ponte da Fraternidade nas visitas às duas cidades e às Cataratas do Iguaçu, compartilhadas pelos dois países”, disse.

Uma reunião, mediada pela OMT (Organização Mundial do Turismo), será marcada nos próximos dias e dela participarão os governadores Ratinho Junior (Paraná) e Hugo Passalacqua (Província de Misiones). Marcio Nunes e o diretor de Operações e Segmentação Turística do Viaje Paraná, Marcelo Martini, conversaram durante a Fitur na Espanha com o diretor da OMT para América Latina, Hugo Santos, sobre os entraves na aduana argentina na fronteira com Foz do Iguaçu.

“A OMT avalia que a reunião pode avançar nas discussões e debates em relação a essas filas”, disse Martini que reafirmou a proposta paranaense de buscar uma solução que vai atender o turismo dos dois países.

Segundo Martini, do encontro vão participar ainda o secretário Márcio Nunes e o ministro de Turismo de Misiones, José Maria Arrua. “Muito já foi conversado, mas o entrave permanece. A espera para cruzar o Brasil e Argentina exige paciência e pode demorar até 4 horas em períodos de feriados prolongados ou férias escolares. Isso é inadmissível, não acontece em qualquer outra fronteira no mundo, é contraproducente à atividade turística”, disse.

Burocracia
As filas na tríplice fronteira, em especial para ingressar na Argentina, são motivos de constantes reclamações. As esperas se tornaram comuns devido ao intenso movimento de turistas, residentes e transportes de cargas do comércio internacional. A demora de até quatro horas é resultado da burocracia argentina na verificação de documentos e no controle migratório.

Em períodos de alta temporada, como férias e feriados, o movimento entre as fronteiras aumenta consideravelmente. Apesar dos esforços para otimizar os procedimentos, a espera pode ser significativa. Os visitantes são orientados para as possíveis demoras.

Os trâmites aduaneiros para entrar na Argentina envolvem processos específicos de controle migratório e alfandegário. Para fazer a migração é necessário apresentar documentos como carteira de identidade, passaporte ou mesmo carteira de motorista. Em alguns casos, pode ser exigido visto, dependendo da nacionalidade.