Paraná bate recorde histórico nas exportações de carne suína

O Paraná registrou, no primeiro semestre de 2025, o melhor desempenho em exportações de carne suína desde o início da série histórica da plataforma Comex Stat/MDIC, em 1997. Foram embarcadas 110,7 mil toneladas, volume 39,4% maior que o do mesmo período de 2024, representando um acréscimo de 31,3 mil toneladas. O resultado também superou em 6,1% o recorde anterior, alcançado no segundo semestre do ano passado. Segundo a veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o destaque do primeiro semestre reforça o potencial do Estado no setor, puxado principalmente por maiores vendas a parceiros como Hong Kong, Uruguai, Argentina, Filipinas, Singapura e Vietnã.

Enquanto isso, o mercado de carne de frango começa a se recuperar após os impactos dos embargos decorrentes de um foco de influenza aviária registrado no Rio Grande do Sul. As exportações brasileiras de frango cresceram 5,1% em faturamento no primeiro semestre de 2025, alcançando US$ 4,871 bilhões, com um leve aumento no volume para 2,6 milhões de toneladas. Emirados Árabes Unidos, China e Arábia Saudita figuram entre os principais destinos do produto. Já as exportações de ovos também subiram no país, com alta de 35,7% no volume vendido até maio. No entanto, o Paraná, quarto maior exportador, teve retração, embarcando 2.961 toneladas frente às 4.567 toneladas de 2024.

Outras cadeias agropecuárias também movimentaram o boletim do Departamento de Economia Rural (Deral). A cevada avançou em ritmo forte no plantio, com expectativa de produção 43% maior que a de 2024, enquanto a colheita do milho da segunda safra já atingiu 29% da área estimada, embora as geadas tenham afetado parte das lavouras. No mercado de frutas, houve oscilações nos preços em Curitiba, com altas para limão tahiti, mamão formosa, morango e abacate, e quedas para melão, manga, banana, melancia, maçã, abacaxi e uva, enquanto a laranja permaneceu estável. No setor de bovinos, a arroba apresentou leve queda no preço, pressionada pela oferta confortável nos abatedouros e pela concorrência com carnes mais baratas, como a suína e a de frango.