Agropecuária paranaense mostra que o campo é parte da solução climática global

Desde o alerta de Thomas Malthus, no século XIX, de que a produção de alimentos não acompanharia o crescimento populacional, a agropecuária tem desafiado previsões pessimistas com ciência, tecnologia e inovação. Hoje, o setor rural enfrenta um novo dilema: as mudanças climáticas. Segundo o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, é hora de mostrar ao mundo — especialmente na COP30, em Belém — que o agronegócio não é vilão, mas protagonista na transição energética e na mitigação dos impactos ambientais, com práticas sustentáveis e soluções concretas já em andamento.

O Paraná desponta como exemplo dessa transformação, com projetos pioneiros de produção de biogás, biodiesel e etanol, além da ampliação do uso da energia solar em propriedades rurais e centros de treinamento. O Estado também lidera a adoção de técnicas de agricultura regenerativa, como o plantio direto e a rotação de culturas, que conservam solo e água, garantindo produtividade e equilíbrio ambiental. Para Meneguette, a COP30 deve romper com a visão de que produzir e preservar são ações incompatíveis: o futuro sustentável da humanidade, mais uma vez, virá do campo.