Tarifaço dos EUA ameaça agronegócio do Paraná
Com a entrada em vigor, em 1º de agosto, de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, o setor agroindustrial do Paraná acende o alerta para prejuízos imediatos. Produtos como madeira, café, peixe, carne bovina e laranja — itens de destaque na pauta de exportação do estado — estão entre os mais afetados. Em 2024, os EUA foram o segundo maior destino das exportações paranaenses, movimentando US$ 1,58 bilhão. Para o Sistema FAEP, a ausência de diálogo do governo federal com os norte-americanos agrava o cenário de incertezas no campo.
O impacto mais severo recai sobre o setor florestal, que já sente os reflexos da medida com demissões, paralisações e suspensão de embarques. O Paraná é líder nacional nas exportações de compensado e molduras de pinus, com quase toda a produção destinada aos EUA. Segundo a Apre, a tarifa compromete a competitividade das empresas e ameaça cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos no estado. Em 2024, só em madeira, o Paraná vendeu mais de US$ 627 milhões ao mercado norte-americano — agora em risco.
