Coluna Paraná Produtivo/ADI 15/12/2020

BRDE e energia renovável
Em 2020, mesmo em meio a pandemia, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) contratou R$ 182 milhões em projetos de energia renovável, abrangendo Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), eólicas e fotovoltaicas, além de eficiência energética. Nos três Estados da Região Sul, onde o BRDE atua, foram contratados em 2020 R$ 241 milhões para investimentos nesta área. Nos cinco anos anteriores, de 2015 a 2019, o volume de financiamento somou R$ 1,37 bilhão em projetos de energias renováveis e eficiência energética, em um total de 650 contratos. Atualmente, apenas no Paraná, há 18 projetos em fase de contratação, somando mais de R$ 40 milhões, e 14 projetos em análise, que somam R$ 261 milhões. Por padrão, o Banco financia de 70% a 80% dos projetos de usinas e até 100% em projetos fotovoltaicos para consumo próprio.

Coopavel 50 anos
A Coopavel Cooperativa Agroindustrial comemora, nesta terça-feira, 15, os seus 50 anos de fundação como um modelo de cooperação agropecuária. “Nem o mais otimista dos fundadores poderia imaginar que a cooperativa que eles criaram se tornaria uma empresa tão inspiradora, sólida e consistente”, disse o presidente Dilvo Grolli. A constituição ocorreu em 15 de dezembro de 1970, com um grupo de 42 produtores rurais. A Coopavel é a 16ª do Brasil em um ranking com 1.613 cooperativas distribuídas por todo o território nacional. O faturamento de 2020 deverá bater recorde de R$ 3,5 bilhões. O número de cooperados chega a 6 mil e o de colaboradores a mais de 6 mil. A Coopavel exporta carnes para mais de 40 países.

2021 da Copel
A Copel se prepara para investir em 2021 em projetos para a energia elétrica do Paraná. Será destinado R$ 1,9 bilhão, a maior parte aplicada em iniciativas para fornecer energia à população e garantir infraestrutura para o desenvolvimento econômico do Estado, especialmente dos produtores rurais. O plano de investimentos para o ano que vem foi aprovado nesta semana pelo Conselho de Administração da companhia. Somente na área de distribuição de energia, a companhia vai aplicar R$ 1,2 bilhão para modernizar a rede elétrica.  Os recursos são destinados principalmente aos programas Rede Elétrica Inteligente e Paraná Trifásico.

Otimismo na Positivo
Como a maioria das empresas, a Positivo Tecnologia, a principal companhia brasileira do setor de equipamentos de tecnologia, preparou-se para o pior no início da pandemia de covid-19: à medida que a economia se fechava. Em questão de semanas, no entanto, ficou claro que o contrário ocorreria: o ensino a distância e o home office fizeram a procura por laptops explodir – mudando radicalmente a narrativa da empresa para 2020. A inesperada retomada do mercado de PCs apareceu claramente no balanço do terceiro trimestre: com ganhos superiores a R$ 50,3 milhões, o resultado superou em 455% o lucro de R$ 9 milhões do mesmo período de 2019.

Mais papel
A expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado somou 337.515 toneladas em novembro de 2020, o que representa um crescimento de 4,23% ante igual mês de 2019, segundo informações da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) divulgadas na última segunda-feira, 14. Os dados são preliminares. Na comparação com outubro houve queda de 6,82%. Em nota, a entidade destaca que este é o maior volume expedido entre os meses de novembro, desde janeiro de 2005, início da série histórica. Com a mesma quantidade de dias úteis (24 dias úteis em novembro de 2020 e 2019), a produção por dia útil também cresceu 4,2% para 14.063 t/d.u., segunda maior expedição diária na série sem ajuste sazonal e a maior entre os meses de novembro.

Abate recorde
Os abates de suínos no país somaram 12,71 milhões de cabeças de suínos no terceiro trimestre de 2020, alta de 8,1% em relação ao mesmo período de 2019 e de 4,5% na comparação com o 2° trimestre de 2020. Esse resultado é recorde para a série histórica iniciada em 1997, com destaque para os meses de julho e agosto que registraram os maiores níveis da atividade”, disse o instituto, citando as exportações históricas neste ano, também guiadas pela demanda chinesa. “Os meses mais frios do ano geralmente coincidem com o aumento do abate dessa espécie, impulsionado pelo aumento do consumo interno. Além disso, o desempenho recorde das exportações de carne suína no período também contribuiu com o resultado do setor”, afirmou o IBGE. Santa Catarina continuou liderando o abate de suínos, com 29,3% da participação nacional, seguido por Paraná (20,4%) e Rio Grande do Sul (16,8%).

Carne suína de SC
As exportações de carne suína de Santa Catarina renderam US$ 1 bilhão entre janeiro e novembro deste ano, o maior valor da história. O Estado exportou 479,4 mil toneladas no período, 26,6% mais que nos 11 primeiros meses de 2019. Os números foram divulgados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), com base em dados do Ministério da Economia. Maior produtor nacional de suínos, Santa Catarina responde por 51% do faturamento e do volume exportado pelo Brasil em 2020. A China absorveu mais de 60% das exportações catarinenses de carne suína até novembro deste ano. As compras alcançaram US$ 670,4 milhões, 83,8% mais do que no mesmo período do ano anterior.

Café em estoque
A produção mundial de café na temporada 2020/21 deverá chegar a um total de 175,5 milhões de sacas, com aumento de 4,15% no comparativo com a safra 2019/20, indicada em 168,5 milhões de sacas. A estimativa parte de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA revisou para cima a safra de 2019/20, antes indicada em 166,9 milhões de sacas. Segundo o USDA, o principal motivo para este aumento vem da maior safra brasileira de café arábica na temporada 2020/21. O USDA indica que os estoques mundiais de café devem crescer ao maior nível em 6 anos com o superávit na oferta global. O USDA coloca que a produção brasileira de café arábica em 2020/21 deve atingir 47,8 milhões de sacas, 5,8 milhões de sacas a mais que em 2019/20, devido ao ciclo bienal da cultura.

Safra enxuta
O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) fez um alerta que chamou a atenção da cadeia produtiva. A entidade declarou que todos os sinais do mercado indicam uma demanda ainda bastante aquecida em 2021 diante de uma safra enxuta por causa do clima. Diante do cenário, o presidente da entidade, Marcelo Lüders, afirma que há risco de desabastecimento do produto no Brasil caso o governo não tome providências. E feijão não será o único item agrícola a ser adquirido no exterior pelo Brasil. Segundo dados do Ministério da Agricultura, de janeiro a novembro de 2020, houve uma disparada na importação de arroz e óleo de soja.

Menos algodão
O Brasil é o quarto maior produtor mundial de algodão, atrás da Índia, China e Estados Unidos. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) a produção brasileira no ano safra 2019/2020 foi de 2,9 milhões de toneladas, em uma área de 1,62 milhões de hectares. Uma produção recorde, mas com enfraquecimento da demanda. Para a safra 2020/2021 é prevista uma redução de área em cerca de 12%, atingindo o total de 1,42 milhão de hectares no Brasil. Esse movimento deverá ocorrer devido ao incentivo na produção e comercialização de soja e milho no país. A taxa de câmbio favorável ao mercado externo, ou seja, um real desvalorizado, elevou a demanda externa pelos grãos, principalmente na retomada pós-pandemia.

Atividade econômica
Após a forte retração nos meses de março e abril, em meio à pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira apresentou o sexto mês consecutivo de alta. O Banco Central informou na última segunda-feira, 14, que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 0,86% em outubro ante setembro, na série já livre de influências sazonais. Em setembro, o avanço havia sido de 1,68% (dado revisado). De setembro para outubro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 135,59 pontos para 136,75 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (140,07 pontos). Na comparação entre os meses de outubro de 2020 e outubro de 2019, houve baixa de 2,61% na série sem ajustes sazonais.

Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.