Abrabar defende uso de máscara em locais de saúde e aglomeração

Entidade defende manutenção da medida nos interior de ônibus de transporte coletivo, hospitais e postos de saúde

A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) apoia a decisão do Governo do Estado seguida por diversos municípios, de flexibilizar o uso de máscara facial que passou a ser facultativo em locais abertos e ao ar livre. No entanto, de acordo com a entidade, é preciso manter a obrigatoriedade em ambientes específicos como transporte coletivo e de atendimento a saúde.

Na última semana, o governador Ratinho Junior sancionou lei aprovada pela Assembleia Legislativa, revogando legislação do início da pandemia do coronavírus (covid-19), que obrigava o uso do adereço em ambientes abertos e fechados no Paraná. A medida foi possível graças ao avanço da campanha de vacinação e a redução dos indicadores de covid-19 no Estado.

“Vemos com bons olhos todas as medidas que possam caracterizar por uma retomada da normalidade, daquilo que era antes da pandemia”, ressaltou Fábio Aguayo, presidente da Abrabar. “Não podemos esquecer que o Brasil não é uma ilha, nossos estados não são ilhas e temos que acompanhar a movimentação que está ocorrendo em outros países”.

Na avaliação de Aguayo, o que está ocorrendo na China e na própria Coreia do Sul, no continente asiático, que pode representar uma retomada do coronavírus. “Não se sabe até agora se é uma nova mutação da covid-19, se é o delta, o ômicron ou a essência do vírus, mas sabemos que este vírus é mutante. Então, toda cautela é bem vinda”, disse.

Exceções
A Abrabar, de acordo com Aguayo, apoia as flexibilizações que estão ocorrendo no Brasil e no Paraná. “Apoiamos estas medidas, mas temos que ter exceções, por exemplo, transporte público, unidades de saúde e hospitais, que precisam manter o uso de máscara, porque são lugares onde o risco de infecção é altíssimo”.

“Portanto, são vetores importante para propagação da covid. Acreditamos que nestes locais deve se manter o uso de máscara, até que tenha caracterizado 100% do fim do vírus, ou até que esteja uma tranquilidade para os especialistas e cientistas, até porque este vírus não vai sair mais de nossas vidas, mas esta resolução é importante”, afirmou.

Higiene e gastronomia
Fábio Aguayo cita outro exemplo que veio da gastronomia, setor representado pela Abrabar. “Nos restaurantes e buffets, as pessoas tem que manter o hábito de se servir com luvas, com máscara, ainda mais para a questão da higiene, da prevenção. Não é uma medida que vai prejudicar nosso setor de trabalho, pelo contrário, será salutar”.

“Acredito que temos que manter este habito”, frisou o presidente da entidade. Para Aguayo, o Brasil e as pessoas não aprenderam a Influenza e a H1N1 no período em que os vírus chegaram ao país. “O legado desta pandemia, as coisas boas, devemos manter”, disse Aguayo.

Que completou: “Sei que pode irritar muitos do nosso setor, mas também tem muita gente que é a favor destas medidas preventivas. Então, vemos com bons olhos estas flexibilizações, mas temos que manter regras e exceções”.