Ataques entre Israel e Irã disparam preço do petróleo
Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta sexta-feira (13), impulsionados pelos ataques de Israel a instalações nucleares e militares do Irã. Apesar de a infraestrutura petrolífera iraniana não ter sido diretamente atingida, o temor de retaliações e a instabilidade no Estreito de Ormuz — rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial — causaram apreensão nos mercados. O petróleo WTI subiu 7,26% e o Brent 7,02%, registrando seus maiores ganhos diários desde 2022. No acumulado da semana, os contratos dispararam 13% e 12%, respectivamente.
Especialistas alertam que o aumento da aversão ao risco pode impactar diretamente economias emergentes, como o Brasil. A escalada nos preços do petróleo tende a gerar pressão inflacionária global, elevar os custos dos combustíveis e restringir o espaço para cortes de juros em países com taxas já elevadas, como o Brasil. Embora analistas considerem improvável um conflito prolongado no Oriente Médio, o cenário permanece volátil, e a continuidade das hostilidades entre Irã e Israel pode manter os mercados em alerta, pressionando commodities e ativos financeiros sensíveis a riscos geopolíticos.
