Concessão do Parque do Guartelá não tem interessados

Não surgiu nenhum interessado na concessão do Parque Estadual do Guartelá, localizado no município de Tibagi, na região dos Campos Gerais do Paraná. A sessão de abertura dos envelopes com as propostas estava marcada para esta terça-feira (18), mas ninguém se interessou.

Este seria o segundo parque estadual a ser concedido à iniciativa privada no Paraná. O primeiro, o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, também nos Campos Gerais, passou por um bem sucedido processo de concessão, em 2019.

A justificativa para a falta de interesse pelo Guartelá poderia ser o menor índice de visitação e a pouca atratividade para os turistas, se comparado ao Parque de Vila Velha. Em 2021, mesmo com as interrupções motivadas pela pandemia, Vila Velha recebeu 62.437 visitantes. Já no Guartelá, foram 19.657 ao longo de todo o ano.

O edital de concessão do parque de Tibagi prevê a exploração dos serviços de turismo sustentável na região do cânion do Guartelá por um período de 30 anos. Venceria a licitação a empresa ou consórcio de empresas que oferecesse o maior percentual de outorga ao estado, ou seja, a maior fatia sobre a receita bruta operacional.

No caso do Parque de Vila Velha, a empresa vencedora, a Eco Parques do Brasil S/A, ganhou a disputa oferecendo o repasse de 15,20% da receita em troca da exploração comercial do espaço. Foram três concorrentes nesta disputa.

O valor estimado de investimentos a serem feitos durante o prazo de concessão do Guartelá é de R$ 11,7 milhões. Pelo edital, entre as obrigações, a concessionária vencedora deverá prestar serviços de transporte interno; alimentação; gestão do Centro de Visitantes e da Loja de Conveniência; além do monitoramento do uso público nas trilhas e atrativos e manutenção das estruturas na área de concessão.

O projeto prevê atrativos como caminhadas por trilhas, observação de pássaros, fotografia da natureza, passeios noturnos, e diversas outras possibilidades de ecoturismo. O Parque Estadual de Vila Velha, concedido por 30 anos, tem investimento previsto de R$ 15 milhões ao longo da concessão.

Gazeta do Povo