Foz consolida hub logístico com chegada de ramal da Ferroeste

A chegada do ramal da Ferroste vai consolidar Foz do Iguaçu como um hub logístico. A afirmação é do prefeito Chico Brasileiro que acompanhou, nesta terça-feira, 29, a entrega ao governador Ratinho Junior do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) do projeto da Nova Ferroeste, que inclui o ramal ligando Cascavel e a região de fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai.

“Foz se consolida cada vez mais como hub logístico”, disse Chico Brasileiro, no Palácio Iguaçu em Curitiba. “A extensão da Ferroeste até nossa cidade vai transformar a fronteira ainda mais forte no transporte de grãos. O ramal ferroviário também irá fortalecer o turismo, já que o passeio de trem do litoral até Foz é um desejo de muitos turistas”, ressaltou.

Na solenidade, Ratinho Junior assinou ainda as ordens de serviço de R$ 2,5 bilhões para obras de infraestrutura e parte delas compreende as conveniadas com a Itaipu Binaacional no oeste do Paraná. Entre as ações estão a pavimentação de 26,23 quilômetros da estrada entre Ramilândia e Santa Helena, obra de R$ 20,4 milhões; e a restauração da Ponte Ayrton Senna em Guaíra, incluindo nova iluminação e pavimentação de concreto da rodovia de acesso, com investimento de R$ 18,2 milhões.

“A Itaipu Binacional é a grande parceira de Foz e do Governo do Estado. As obras de infraestrutura, como a ponte da integração e perimetral leste, são de grande impacto e vão transformar a configuração urbana da cidade e da tríplice fronteira”, completou Chico Brasileiro, que espera ainda para 8 de abril o resultado da licitação que vai duplicar a Avenida das Cataratas, um investimento de R$ 186,9 milhões.

“O Paraná, um importante produtor de alimentos e que tem grandes polos industriais, precisa de grandes projetos de infraestrutura. Tiramos do papel as principais obras pendentes, como a Ponte da Integração, a Boiadeira, a Rodovia dos Minérios e a revitalização da PR-323, e nos organizamos para deixar um banco de projetos muito robusto para os próximos dez anos”, disse o governador.

Estudo pronto
O Evtea, com mais de duas mil páginas, reúne informações de engenharia e socioeconômicas sobre a nova Ferroeste. O estudo apontou a geração de mais de 300 mil empregos diretos e indiretos em 65 anos. A execução da estrada de ferro com 1.304 quilômetros vai ligar Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá.

A conexão entre Cascavel e Foz do Iguaçu vai permitir a integração com o Paraguai e a Argentina, tornando o estado uma central logística da América do Sul. Atualmente está sob análise o projeto ambiental pelo Ibama, com audiências públicas previstas para abril.

A ferrovia, que vai passar para 49 cidades (41 delas no Paraná), deve transportar cerca de 38 milhões de toneladas no primeiro ano de operação. Destes, 26 milhões de toneladas vão seguir para o Porto de Paranaguá rumo a outros países. Será o segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres refrigerados do Brasil.

A proposta é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), em São Paulo, ainda no segundo semestre de 2022. O consórcio que vencer a concorrência será responsável também pelas obras e poderá explorar a ferrovia por 70 anos. O investimento é estimado em R$ 30 bilhões.

AEN