Governador apresenta avanços da Nova Ferroeste ao ministro da Infraestrutura

Foto: Jonathan Campos/ AEN

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e uma equipe do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário apresentaram nesta terça-feira (18) ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, os estudos preliminares da Nova Ferroeste. A estrada de ferro com 1.285 quilômetros que vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no Litoral paranaense, dará origem a um dos mais importantes corredores de exportação do País.

O governador destacou que a Nova Ferroeste será uma grande artéria de ligação entre dois estados e de integração sul-americana, com potencial de ajudar a escoar a produção de países vizinhos. “O crescimento do Mato Grosso do Sul e do Paraná passa por essa ferrovia. Sempre se falou muito em Ferroeste e pouco se colocou na prática. Os estudos e projetos estão em andamento e vamos tirar esse sonho do papel”, disse Ratinho Junior.

O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior. A Nova Ferroeste terá influência direta sobre 425 municípios de três estados. A área representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, estimado em R$ 206 bilhões.

“A ferrovia tem um desenho muito interessante e a gente vê os dois governos, do Paraná e o Mato Grosso do Sul, trabalhando diuturnamente para fazer com que a Nova Ferroeste seja um sucesso. Isso está muito aderente à estratégia do Ministério da Infraestrutura de promover o modal ferroviário”, avaliou o ministro. 

O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, também participou dos encontros. “Eu acredito que os passos estão bem sólidos, essa união da equipe do Paraná, do Mato Grosso do Sul e do Ministério de Infraestrutura mostra que estamos caminhando juntos na viabilização desse projeto, porque ele é crucial para o desenvolvimento e a competitividade dos nossos estados”, avaliou. 

APRESENTAÇÕES – Nas reuniões, o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, apresentou detalhes das obras, como o traçado, e os resultados preliminares dos estudos de viabilidade técnica e de impacto ambiental. “Hoje, se essa ferrovia estivesse funcionando, entre exportação e importação, estariam trafegando até o Porto de Paranaguá 26 milhões de toneladas por ano. Considerando o tráfego interno, atingiríamos 38 milhões de toneladas”, destacou.

De acordo com os técnicos responsáveis pelo estudo, a construção da ferrovia terá um impacto imenso dentro da logística nacional, diminuindo custos e ampliando a capacidade de exportação do Paraná e do País. O traçado elaborado prevê uma economia logística de US$ 13 por tonelada, com impacto direto na redução do chamado Custo Brasil na exportação, da ordem de 27%. A rota Cascavel/Paranaguá levará em torno de 18 horas, contra as atuais 100 horas.

A expectativa é de que os estudos de viabilidade sejam finalizados em setembro e os estudos de impacto ambiental em novembro. A ideia é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3), com sede em São Paulo, logo na sequência. O consórcio que vencer a concorrência será também responsável pelas obras. O investimento é estimado em R$ 20 bilhões.

PRESENÇAS – Participaram dos encontros os secretários de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, e de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves; e o chefe da Representação do Paraná em Brasília, Rubens Bueno II.

As informações são da AEN