Investimento de R$ 3 bilhões vai gerar empregos qualificados no Norte Pioneiro

Romanelli destacou que acompanha a formatação do projeto desde o início e elogiou o empenho do prefeito de Sapopema, Paulinho Branco (PSD), na atração do empreendimento para a cidade. “É um trabalho que iniciamos há mais de um ano e que caminha para a sua concretização. É um investimento que fará uma grande diferença para a economia da região e vai trazar novos empregos qualificados. Um empreendimento deste porte, que envolve R$ 3 bilhões, abre novas perspectivas para o Norte Pioneiro”, disse o deputado.

O grupo empresarial, responsável pelo projeto da fábrica, explica que a unidade terá uma capacidade de produção de 520 mil toneladas de fertilizantes (ureia) por ano, respondendo sozinha por 7% do consumo nacional. Também deverão ser produzidas anualmente mais 13 mil toneladas de enxofre e derivados. A estimativa é da geração de 800 empregos diretos.

Solução – De acordo com o cronograma da empresa, a etapa inicial prevê todas as licenças ambientais e outras autorizações legais para a obra. Após este período, a fábrica deve ser erguida em dois anos. “O Paraná terá em Sapopema uma das maiores fábricas de fertilizantes nitrogenados do Brasil, o que representa uma solução para toda a cadeia do agronegócio, ajudando o Estado e o País”, disse o governador Ratinho Junior.

Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, a fábrica é mais uma oportunidade de usar o potencial do ativo natural existente no Paraná. O processo desenhado pela Paranafert aproveita as reservas de carvão mineral existentes na região. O insumo passa por um processo de gaseificação para gerar ureia e outros subprodutos. Esta técnica responde por 25% do volume de nitrogenados produzidos no mundo. “O Norte Pioneiro vai ganhar muito com esse investimento”, acrescentou Souza.

Estratégico – Atualmente, o Brasil importa 86% do fertilizante utilizado na agricultura e em anos recentes precisou enfrentar uma alta nos preços internacionais em razão da pandemia e, a seguir, pela guerra aberta pela Rússia contra a Ucrânia, já que aquela é uma das regiões do planeta que mais exporta o insumo.

Em 2023, o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) aprovou um plano que estabelece que a produção interna de fertilizantes deve ser capaz de atender de 45% a 50% da demanda brasileira até 2050. “Isso torna a nova fábrica a ser instalada no Paraná ainda mais estratégica para o País”, considera Romanelli.