No mês da mulher, Museu paranaense destaca a sabedoria ancestral das benzedeiras do Paraná

Para comemorar o mês da mulher, o Mupa promove a ação “Benzedeiras do Paraná: Mulheres de Fé” e o encontro “Mulheres e Identidades” com uma série de atividades nas redes sociais/Foto: Douglas Frois- Acervo MAEUFPR

O Museu Paranaense (Mupa), fechado por causa da pandemia, vai marcar o Mês da Mulher com uma intensa programação virtual que evoca a identidade feminina em conhecimentos e fazeres ancestrais. A instituição promove a ação “Benzedeiras do Paraná: Mulheres de Fé” e o encontro “Mulheres e Identidades” com uma série de atividades nas redes sociais.

Em parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE-UFPR), as atividades online do Mupa vão abordar o universo de fé e vida das benzedeiras da região Centro-Sul do Estado, a diversidade de suas práticas de cura e conhecimentos de plantas medicinais.

Na mesa-redonda virtual “Benzedeiras do Paraná: Mulheres de Fé”, que será em 18 de março, às 19 horas, a antropóloga Taísa Lewitzki conversa com as benzedeiras Ana Maria dos Santos (Ana Benzedeira), Agda Cavalheiro (Dona Guina) e Rosalina Gomes dos Santos (Dona Rosinha), com mediação da arqueóloga do Museu Paranaense, Claudia Parellada.

DOCUMENTÁRIO – Como parte das ações envolvendo as benzedeiras, também será exibido o filme “Instalações-Rituais: documentário etnográfico sobre altares de benzedeiras por onde andou São João Maria”, da antropóloga Geslline Giovana Braga.

O link para assistir será disponibilizado pelo Instagram e Facebook do Mupa no domingo, 28 de março. A proposta da obra é fazer uma leitura dos altares de benzedeiras como instalações de arte contemporânea, notando suas subjetividades, atribuições simbólicas, construção de significados, função ritualística e a presença da fotografia.

No dia 31 de março, às 19 horas, uma mesa-redonda virtual vai discutir o as questões levantadas documentário “Instalações-Rituais”. O encontro terá a participação da antropóloga e realizadora do filme Geslline Giovana Braga e da professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Liliana Mendonça Porto, com mediação da arqueóloga do museu, Claudia Parellada.

ÁUDIOS – Além disso, uma série de áudios produzidos com as benzedeiras paranaenses, organizados pela antropóloga Taisa Lewitzki, serão publicados nas redes sociais do Museu Paranaense ao longo de março. Essas peças apresentam a trajetória dessas mulheres de fé, detentoras de conhecimentos tradicionais de cura e defensoras dos ofícios tradicionais de saúde popular.

MULHERES E IDENTIDADES – Reconhecidas internacionalmente por suas lutas pela valorização da atuação da mulher na sociedade, a pesquisadora e líder indígena Genilda Kaingang e a artista chinesa, radicada em Foz do Iguaçu, Maria Cheung abordarão, no dia 11 de março, às 19 horas, como superaram momentos de preconceito e violência étnica através da arte e das conquistas comunitárias. O encontro será transmitido pelas redes sociais do Mupa.

Fonte AEN