Paraná atraiu R$ 120 bilhões em investimentos privados em pouco mais de três anos

O Paraná atraiu R$ 120 bilhões em investimentos privados no setor industrial em pouco mais de três anos. O montante é três vezes superior ao estipulado inicialmente para o período, de R$ 40 bilhões.

O anúncio com os indicadores econômicos do Estado foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior a um grupo de empresários nesta terça-feira (17), em cerimônia no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

O levantamento foi feito pela Invest Paraná, agência responsável pela prospecção de novos negócios e atração de empresas, com base no volume de licenciamentos concedidos no Paraná pelo Instituto Água e Terra (IAT) e corresponde a um recorte de 39 meses, entre janeiro de 2019 e março de 2022.

Entre as 32 indústrias que se instalaram no Estado no período estão a maior maltaria (Ponta Grossa) e a maior fábrica de queijos do País (São Jorge D’Oeste), a maior fábrica de salsichas e empanados do mundo (Rolândia), o maior frigorífico da América Latina (Assis Chateaubriand) e ampliações nas plantas de empresas multinacionais, como Klabin, Volkswagen, Renault, Gazin, Boticário, além da expansão de cooperativas agrícolas.

“É um momento de agradecer a quem acreditou e acredita no Paraná. Quem gera emprego e renda e faz esse Estado tão fantástico. Estipulamos uma meta bem audaciosa, quase utópica, chegar a R$ 40 bilhões de investimentos e hoje podemos anunciar R$ 120 bilhões. Isso é fruto de muito trabalho, da desburocratização da máquina pública e de uma política voltada para trabalhar ao lado do setor produtivo”, destacou o governador.

Atração de investimento com impacto direto na geração de emprego e renda em todas as regiões do Estado. Com esses recursos, foram abertos mais de 60 mil empregos, entre postos diretos e indiretos.

Esse ciclo ajudou o Paraná a ter atualmente a menor taxa de desemprego em sete anos. O Estado também bateu, no ano passado, o recorde de novas vagas formais no mercado de trabalho, com 172 mil de saldo de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e da Previdência.

O desempenho, destacou Ratinho Junior, aproxima o Estado do chamado pleno emprego, que é quando a População Economicamente Ativa (PEA) está quase toda ocupada. Segundo o último recorte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre de 2022 esse índice ficou em 6,8% no Paraná, quatro pontos porcentuais abaixo da média nacional (11,1%) e muito próximo do que os economistas consideram dentro da margem da totalidade da população efetivamente ocupada, que gira em torno de 4% a 6%.

“Batemos recordes de emprego porque fizemos do Paraná um ambiente bom para se investir. Melhoramos a infraestrutura para poder receber essas empresas e assim viramos referência para o País. Sempre digo que o emprego é a melhor política social que existe, aquilo que realmente muda a vida das pessoas”, afirmou Ratinho Junior.

“Tudo isso só foi possível graças a um ambiente político saudável implantado pelo governador no Paraná. Os empresários sabem que podem confiar”, acrescentou o vice-governador Darci Piana.

Diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin explicou que a agência é a porta de entrada para novos investimentos por meio do programa de incentivos fiscais e também por regimes especiais. Nesse período foram atraídos R$ 50 bilhões com essa política. “Esse é o resultado de um trabalho de equipe, com o comando do governador Ratinho Junior. Há ações um sistema de fomento em funcionamento, todos juntos em prol do desenvolvimento do Paraná”, ressaltou. “O momento agora é de consolidação desses investimentos e de buscar também outras opções”.

Os tratamentos tributários diferenciados mais comuns às fábricas instaladas foram diferimento e suspensão de ICMS nas aquisições de energia elétrica e gás, dilação de prazo para recolhimento de parte do imposto devido, transferência de crédito de ICMS, crédito presumido em operações de “e-commerce” e redução na base de cálculo nas saídas de QAV – Querosene de Aviação.

“Tivemos uma demanda grande por parte das empresas e a Secretaria da Fazenda fez o seu papel, contribuindo dentro da realidade do Estado para que esses R$ 120 bilhões fossem alcançados” afirmou o secretário de Estado da Fazenda, Rene Garcia Junior. “Esses investimentos também aumentam a responsabilidade do Estado de manter esse cenário, com o desenvolvimento de ações de segurança, saúde e educação, entre outros”.

EXEMPLOS – Alguns exemplos de parcerias bem sucedidas desde 2019 foram com a Klabin, com R$ 12,9 bilhões projetados na expansão do Projeto Puma II, em Ortigueira, e de capacidade no segmento de papéis para embalagem; a Maltaria Campos Gerais, de R$ 3 bilhões, que reúne seis cooperativas em torno de um projeto para aproximar o Brasil da autossuficiência na produção de malte; a TatraBras, montadora de caminhões da República Tcheca, com R$ 102 milhões; e a Ambev, com R$ 385 milhões para ampliar a produção de refrigerantes e da linha de cervejas puro malte.

Também entram nesse resultado anúncios recentes como a Dunlop/Sumitomo, de R$ 1 bilhão, para dobrar a capacidade de produção de pneus em Fazenda Rio Grande; a BRF, com aporte de R$ 18 milhões para modernizar uma fábrica de margarinas no Litoral; e a Tirol, com R$ 152 milhões, na primeira planta construída fora de Santa Catarina.

“Há uma proximidade entre todas as áreas e setores, e isso impacta no desenvolvimento do Estado. Fortalece tanto os pequenos, médios e grandes produtores, com geração de emprego e renda”, disse o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Everton Souza. “Sempre, claro, seguindo as diretrizes sustentáveis que fazem da Paraná o estado mais sustentável do País”.