Quem defende impunidade também é culpado, diz Zeca Dirceu

O deputado Zeca Dirceu (PT) disse nesta quinta-feira, 14, que os envolvidos em tentativas de golpe ou ações terroristas não devem ser anistiados, mas punidos no rigor da lei como os que defendem a anistia aos crimes praticados contra a democracia. “Quem defende a impunidade também é culpado”, afirmou.

Zeca Dirceu disse ainda que a punição e o rigor da lei também devem alcançar os que incitam e pregam a violência e o ódio político, criam e espalham fakes news. “Alguém tem dúvidas de que estamos lidando com ações terroristas, que se organizam por dentro da estrutura política e canalizam sua intolerância e radicalismo, se aproveitando desse espaço?”, questiona.

O deputado aponta ainda as falanges bolsonaristas como responsáveis pela onda de atentados violentos e da criminalização dos agentes políticos. “Quem encontra na mão armada de Jair Bolsonaro uma raiz e inspiração para essa violência? Alguém ainda sustenta o discurso da anistia aos terroristas da democracia? Esses também são culpados”, reiterou

Raiz da violência
“Basta! O sistema político precisa preventivamente perceber e não dar voz e estímulos a quem atenta contra a democracia”, disse ao reafirmar que Bolsonaro deve “JAIR se responsabilizando por seus crimes de ódio”, completou.

A raiz da violência de Bolsonaro, segundo o deputado, vem desde 1988, quando o ex-presidente foi acusado de planejar explodir bombas em quartéis e no sistema de abastecimento de água do Rio de Janeiro. “Imagina? O inelegível não tem nada a ver com a explosão de ontem. Há tempos, por falta de inteligência, ele tem e expõe ideias explosivas”, registrou nas redes sociais.

Além das explosões na Praça dos Três Poderes na noite desta quarta-feira, 13, Zeca Dirceu lembrou da tentativa de explosão de um caminhão de combustível em janeiro de 2023 em Brasília e das explosões de bombas na OAB-RJ, bancas de revistas e no Rio Centro em abril de 1981 no Rio de Janeiro. “Temos que dar uma resposta a altura nas tentativas sistemáticas de atentar contra a democracia e aos que defendem a volta da ditadura”, completou.