Ratinho JR. apresenta Nova Ferroeste ao ministro Joaquim Leite

O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta quinta-feira (10), em Brasília, com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e com presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, para debater o projeto da Nova Ferroeste, estrada de ferro que ligará Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, no litoral paranaense. Ele também apresentou as ações do programa Parque Urbanos, que investe R$ 72 milhões para criação de espaços de proteção e lazer em áreas degradas de 63 municípios.

Ratinho Junior pediu celeridade nas audiências públicas que vão ratificar o projeto do modal ferroviário, uma das últimas etapas antes de levar o projeto a leilão na Bolsa de Valores. Protocolados em novembro no Ibama, o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) foram aceitos pelo órgão ambiental em janeiro deste ano.

Após esse primeiro passo e a formalização de algumas entregas do relatório aos municípios envolvidos, o Ibama deve fazer uma nova publicação no Diário Oficial da União, na qual vai indicar o início do prazo de 45 dias para a realização das audiências públicas.

“O presidente e a equipe do Ibama demonstraram ser favoráveis à realização das audiências públicas, que devem ocorrer, possivelmente, no início de abril. A população poderá se manifestar sobre o projeto e o traçado dessa grande obra, que vai revolucionar a logística do Paraná e do Mato Grosso do Sul”, afirmou o governador.

O projeto da Nova Ferroeste prevê a ampliar o traçado da atual Ferroeste S/A, que tem 248 quilômetros, entre Cascavel e Guarapuava. A ligação deve contar com 1.304 quilômetros de trilhos: além do traçado entre Maracaju e Paranaguá, haverá também um ramal de Cascavel a Foz do Iguaçu, formando o Corredor Oeste de Exportação.

Os estudos de viabilidade apontam a circulação de cerca de 38 milhões de toneladas de grãos e contêineres refrigerados no primeiro ano de operação plena. O empreendimento deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no segundo trimestre desse ano. O investimento estimado é de R$ 29,4 bilhões. O vencedor do leilão vai executar a obra e explorar o trecho por 70 anos.

O EIA/RIMA conta com cerca de 3 mil páginas, e pode ser acessado na íntegra no site da Nova Ferroeste. O estudo foi conduzido por uma equipe multidisciplinar com 150 pessoas, responsáveis pela coleta e análise dos dados.

Biólogos e geólogos percorreram 1.280 quilômetros para levantar informações sobre a flora, os meios físicos e geológicos, além de avaliar a qualidade da água nas bacias hidrográficas e do ar ao longo do traçado. O estudo contém dados referentes ao ruído, formação das cavernas, bem como a vida existente nestes lugares.