Ricardo Barros volta ao STF para ser ouvido na CPI antes do recesso

O deputado federal Ricardo Barros (PP/PR) solicitou, nesta quinta-feira (8), ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, o agendamento do seu depoimento na CPI da Covid no Senado para “a próxima sessão da CPI após a intimação da liminar” ou antes do recesso parlamentar, marcado para o dia 17 de julho. O mesmo pedido será feito administrativamente à Comissão.

O deputado já havia requisitado ao Supremo a manutenção da primeira data da convocação marcada para hoje, e volta ao STF depois de o presidente da CPI, Osmar Aziz, anunciar a oitiva para o dia 20 de julho, três dias após o início do recesso.

“Seja concedida a segurança em caráter liminar para determinar que o depoimento do impetrante perante a CPI seja realizado imediatamente na próxima sessão da CPI após a intimação da liminar ou em outra data que Vossa Excelência entenda razoável, desde que até o dia 16.07.2021, garantindo que o depoimento seja realizado antes do recesso parlamentar”, traz o documento protocolado pela defesa do parlamentar.

Ricardo Barros afirma que sempre se colocou à disposição da Comissão e que a CPI comete abuso de poder ao impedir a sua defesa. “Estou há quase 10 dias sendo acusado por ilações e especulações levianas. Não há provas. Desde o início me coloquei à disposição da CPI para prestar os esclarecimentos, quantas vezes forem necessárias. Estão impedindo a minha a garantia do o direito constitucional de ampla defesa”, disse.

“É uma tentativa clara de desgastar a minha imagem perante a opinião pública, o que torna ainda mais indispensável o exercício do meu amplo direito de defesa”, acrescentou.

RECESSO – A data anunciada pelo senador Omar Aziz está inserida no recesso parlamentar e o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, afirmou que a CPI terá que suspender os trabalhos durante o recesso.

“Ao que tudo indica, o que a autoridade impetrada está pretendendo ao anunciar o depoimento no dia 20.07.2021 é adiar ainda mais o depoimento do líder do governo na Câmara, postergando-o para após o recesso parlamentar, como forma de persistir com o abuso de poder de não oportunizar o exercício do direito de defesa no mesmo palco em que vem sendo atacado, aproveitando-se do tempo sem defesa para consolidar uma versão/narrativa fantasiosa sobre os fatos”, reforça a defesa do deputado