“Se queremos manter o teto de gastos precisamos conter as despesas”, diz Barros
O deputado federal e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP/PR), afirmou nesta terça-feira (22) que a manutenção do teto dos gastos públicos só será possível com a contenção das despesas. Barros defende que a reforma administrativa seja uma das prioridades para 2021.
“Votar a reforma administrativa nos dará um Estado mais leve, mais ágil. Um Estado capaz de fazer meritocracia, de valorizar o funcionário que bem atende ao interesse público e de demitir o servidor que não atende ao interesse público”, disse.
Segundo ele, o Brasil compromete 14% do PIB com a máquina pública, enquanto que o Japão gasta 5 % e a média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de 9%.
“Se queremos manter o teto de gastos precisamos conter a despesa. Inevitavelmente esse é o único caminho para dar o sinal de que ao longo tempo teremos contas públicas equilibradas”, reforçou.
VOTAÇÕES DURAS – Barros disse que espera um ano difícil, de rigor fiscal e com orçamento justo. Além da reforma administrativa, o líder do governo listou como prioridades: a votação da reforma tributária, a PEC Emergencial, o pacto federativo, a autonomia do Banco Central e das privatizações.
“Nós temos sim que ter coragem de modernizar o estado. Fazendo as reformas constitucionais necessárias, enfrentar votações duras, mas necessárias”.
Ricardo Barros pediu ainda que fosse seguido “o mantra” do presidente Jair Bolsonaro: “não tem aumento da carga tributária, não tem fura teto e não tem prorrogação do orçamento de guerra”.
“Vamos dar o sinal para o mercado de que o Brasil tem compromisso com o ajuste fiscal e com isso atrair mais investimentos que nos permitirão gerar oportunidade aos nossos jovens de emprego, de melhor qualidade de vida”.