Silva e Luna tem convite para vida pública

Ex-presidente da Petrobras e da Itaipu Binacional deixa legado em Foz do Iguaçu e região com R$ 2,5 bilhões em investimentos

Da posição de um dos principais homens de confiança do presidente a demissionário da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna mostra porque por três anos foi um dos garotos propagandas do atual governo. Além de um currículo invejável nas Forças Armadas, passagem como ministro da Defesa, na Itaipu Binacional e na Petrobras, Luna imprimiu uma forma de governança revolucionária até mesmo para os padrões mais inovadores que se espera hoje de uma gestão.

À frente de Itaipu, em uma gestão marcada por austeridade, o comando do militar permitiu que a empresa conseguisse realocar cerca de R$ 2,5 bilhões em uma série de empreendimentos. Na Petrobras, o executivo aumentou a disponibilidade de combustíveis para usinas térmicas, de 2 mil MW para 8 mil MW no auge da crise hídrica.

E foi justamente isso que o derrubou do cargo. Apesar da “fritura” pública e desgastes que antecederam sua saída, em conversa com o Valor, Silva e Luna mostra que está bastante tranquilo e diz não guardar mágoas do presidente Bolsonaro. “Saio com a tranquilidade de quem cumpriu uma missão com o espírito de um servidor sempre a serviço de sua pátria, sem nunca fugir das suas responsabilidades”, diz o general.

Erra quem pensa que o militar vai aposentar a farda e colocar o pijama. Nem bem saiu da cadeira e já recebeu inúmeros convites para trabalhar. De consultor e CEO no exterior até para ser candidato e atuar na vida pública política, por enquanto proposta descartada, mas esconde o jogo por ora, do que fará num futuro próximo. “Como já disse anteriormente, eu tenho a eternidade para descansar”.

Fonte: Robson Rodrigues – Valor Econômico