Forte rejeição marca debate sobre anistia a Bolsonaro
Uma pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado (13/09) mostra que 54% dos brasileiros são contra uma proposta de anistia para Jair Bolsonaro, enquanto 39% apoiam a medida. O levantamento entrevistou 2.005 pessoas em 113 municípios, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Paralelamente, aliados de Bolsonaro no Congresso têm pressionado para que um projeto de lei que conceda anistia ampla, geral e irrestrita seja votado com urgência, enquanto o Senado sinaliza resistência.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que o Senado “não vai ceder à pressão da oposição” para aprovar esse tipo de proposta. A condenação de Bolsonaro pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e 3 meses de prisão – por crimes que incluem tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado – intensificou o debate sobre anistia.
Divulgado o veredito, seus defensores avaliam que a anistia poderia servir como alternativa legal para evitar o cumprimento da pena, mas especialistas jurídicos ponderam que isso depende de aprovação no Legislativo e enfrenta barreiras legais e de legitimidade
Em síntese, a proposta de anistia para Bolsonaro conta com apoio relevante entre parlamentares e setores políticos, mas enfrenta forte rejeição popular e obstáculos institucionais, especialmente no Senado. A combinação de fatores jurídicos, políticos e de opinião pública sugere que, embora não seja impossível, a aprovação de anistia ampla seria algo controverso e de provável impacto significativo na política brasileira.
