Kilter mostra força das redes sociais nas eleições no Paraná

Vereador eleito em Curitiba destaca pautas de atuação do legislativo municipal e fala sobre sobre juventude e o futuro do Partido Novo

O empresário Guilherme Kilter, 23 anos, eleito pelo Novo o segundo vereador mais votado em Curitiba com 16.664 votos, mostrou a força das redes sociais nas eleições municipais e que deve ampliar nas eleições de 2026 quando estarão na disputadas as 54 cadeiras na Assembleia Legislativa, as 30 da Câmara dos Deputados, as duas vagas no Senado, além a eleição ao Governo Estado e à Presidência da República.

Um dos líderes do RenovaBR, Guilherme Kilter aponta para um mandato de perfil técnico e transparente com a educação e a segurança como principais pautas na atuação parlamentar. Ele já é um dos nomes mais apontados  como pré-candidato à Câmara dos Deputados. “Estou disposto a servir como for necessário”, disse.

Na eleição para a Câmara de Vereadores, Kilter teve o apoio do ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo) e de membros da Primeira Igreja Batista de Curitiba (PIB), onde é líder de jovens e universitários da comunidade cristã.

Nesta entrevista exclusiva à Associação de Jornais de Portais do Paraná (ADI-PR), Guilherme Kilter destaca a importância do Novo e do RenovaBR em sua trajetória política, das redes sociais no contato direto com a população, além de desafios enfrentados pelos jovens no país.

Confira a seguir os principais trechos em que Kilter opina sobre temas polêmicos como a discussão de gênero nas escolas, e ainda sobre o papel da imprensa na política, as eleições de 2026 e as perspectivas do Novo.

Qual a importância do Novo e do RenovaBR na sua eleição à Câmara de Vereadores de Curitiba?
O Novo é o partido que abriu as portas e me acolheu. É um time repleto de pessoas íntegras e dispostas a mudar o Brasil. O RenovaBR foi uma importante formação baseada em políticas públicas, que me preparou para exercer um mandato técnico e com boas entregas.

Como as redes sociais, um espaço da sua expertise, podem melhorar e mudar a relação entre a população e os agentes públicos, como a sua atuação parlamentar na Câmara de Vereadores de Curitiba?
Os agentes públicos precisam se comunicar onde a população está, e hoje esse ambiente são as redes sociais. O brasileiro passa, em média, 3h30 por dia conectado nas redes sociais. Por isso, precisamos estar lá também para aumentar a transparência e a proximidade com a população e suas demandas.

Para os jovens, e de forma geral, quais são os principais desafios que o país, o Paraná e Curitiba enfrentam atualmente?
Os jovens brasileiros enfrentam tempos difíceis pela frente: uma moeda desvalorizada, inflação alta e uma educação atrasada. No entanto, também é uma janela de oportunidades, na qual os jovens bem qualificados e dispostos a trabalhar podem se destacar em sua cidade e estado.

Desigualdade social, qual é a sua opinião sobre esse tema?
Vivemos a era com a menor desigualdade da história, e isso se deve ao livre mercado e ao capitalismo. Nunca haverá plena igualdade em sistema algum de poder, seja social ou econômico, mas devemos trabalhar com políticas públicas comprovadas e efetivas para reduzir a pobreza.

Como será sua relação com o governo Eduardo Pimentel (PSD), já que o Novo vai ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Humano?
Espero uma relação tranquila, transparente e de contato direto. Nos últimos meses, tenho conhecido o Eduardo mais de perto, e ele me transmite confiança de que vai trabalhar por uma Curitiba melhor e mais desenvolvida, o que coincide com o objetivo do Partido Novo.

Você foi o segundo mais votado entre os vereadores de Curitiba e o mais jovem. A atuação nas redes sociais foi o diferencial da sua campanha?
Com certeza. Quando eu ia pedir voto na rua, as pessoas lembravam de mim do Instagram, então era o que me diferenciava. Como mencionei, as pessoas passam horas por dia nas redes sociais, e, se quisermos ser lembrados, é preciso que sejamos vistos por lá também.

Quais serão as suas pautas prioritárias na sua atuação parlamentar na Câmara de Vereadores?
A educação é a minha principal pauta. Quero trabalhar por uma educação livre de doutrinação e de ideologias, de qualidade e com vagas para todos. Ao mesmo tempo, priorizo as pautas da segurança da cidade e de uma Curitiba livre de burocracias e de alta carga tributária para o trabalhador e para o empreendedor, que foram grandes demandas da população que recebi durante a campanha.

Quais são as suas propostas voltadas para a juventude curitibana e qual a melhor forma de mobilizar esse grupo na defesa de projetos de interesse comum?
Quando a cidade vai bem, o jovem vai bem. Um transporte público barato e de qualidade, o incentivo ao esporte, uma boa mobilidade urbana, além de facilidade de acesso à qualificação profissional e ao lazer devem fazer parte da realidade de Curitiba para o jovem querer ficar na cidade. A melhor forma de mobilização é através da formação de grupos, pois os jovens precisam de um grupo para pertencer e pessoas com quem se relacionar.

Você já se posicionou contrário aos temas controversos como a valorização da igualdade de gênero e o combate à discriminação com base em gênero nas escolas. O que esse debate representa no dia a dia da população?
A militância LGBT tem profundo interesse na educação sexual e de gênero das crianças, e isso não pode acontecer. A educação sexual das crianças é responsabilidade única e exclusiva dos seus pais ou responsáveis, nunca da prefeitura ou de qualquer tipo de organização da sociedade civil. Vamos trabalhar para que permaneça assim.

Como você avalia a importância da imprensa e das redes sociais na política?
Não adianta realizar o melhor mandato do mundo se ninguém ficar sabendo das melhorias e dos projetos. É preciso contar com a imprensa e as redes sociais para comunicar ao cidadão tudo que é feito e aprovado na política, gerando mais consciência pública, transparência e participação popular.

Quanto às eleições de 2026, o Novo projeta sua candidatura à Câmara dos Deputados?
O Novo precisa superar a cláusula de barreira em 2026, e vamos trabalhar como um time para atingir isso coletivamente e garantir que o partido possa continuar existindo. Estou disposto a servir como for necessário.

Além de candidatos a deputado estadual e federal, o Novo terá candidatos ao Senado, Governo do Estado e Presidência da República?
Acredito que sim, o Novo deve ter candidatos ao Senado. Nomes como Deltan Dallagnol e Marcel Van Hattem no combate aos abusos do STF dão orgulho a todos nós e, certamente, fariam isso com impacto ainda maior como senadores. Sobre os cargos executivos, penso que ainda é cedo para afirmar. O principal nome para a Presidência da República no campo da direita é Jair Bolsonaro, e torcemos para que sua inelegibilidade seja revertida, pois foi uma grande injustiça, assim como foi a cassação do Deltan.

Foto: crédito assessoria