“Senado do Paraná é ainda grande incógnita”, diz Ricardo Barros

Por Aroldo Murá

Fiel à sua praticidade na análise dos fatos políticos, e sem se distanciar um segundo sequer do alvo da pequena entrevista telefônica que este site fez hoje (17), às 17h10, com o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), este admitiu que a questão paranaense do Senado está longe de uma definição.

Isto porque, se confirmado o suposto compromisso do governador Ratinho Junior, com a candidatura de Alvaro Dias ao Senado, estaria consumado o distanciamento do presidente Bolsonaro do paranaense. O que não acha provável, visão que só amplia o nível das indagações e dos exercícios futurológicos.

Mas como, então, ficarão as coisas?

Ricardo garante que Bolsonaro empenha-se na ampliação de sua força no Senado, o que, em consequência, não contemplaria no Paraná uma chapa com Ratinho apoiando Álvaro Dias, considerado franco opositor do governo federal. Ou, mesmo, inimigo do governo federal.

Ricardo, embora admitindo que ainda não estão definidos todos os elementos para a eleição de outubro, não deixa de enxergar “outros caminhos”. Como a provável não consumação de Alvaro no suposto pacto com Ratinho Junior. Assim, disse, o governador, fiel ao presidente, teria que, como consequência, concorrer com Flávio Arns, natural candidato do Podemos ao Palácio Iguaçu (se o esquema Alvaro/Ratinho falhar, claro, na próxima eleição).

O candidato de Bolsonaro no Paraná terá de contemplar certas qualificações que Ricardo opina “devem ser essenciais”. Uma delas, a natural fidelidade ao ideário do presidente, sem contar outras qualificações que fortemente identificam Bolsonaro e seus aliados. Tal como a capacidade de comunicação e manejo das redes sociais.

Numa rápida fotografia do momento, os possíveis candidatos de Bolsonaro ao Senado no Paraná poderão estar entre os seguintes políticos: Paulo Martins, deputada Eliane Sleutjes, Fernando Giácobo, Deputado Valdir Rossoni…

Ricardo, que se diz candidato apenas a novo mandato de deputado federal – “com pelo menos 80 mil votos” -, garante que Cida Borghetti, por “ora” é candidata a cuidar dos netos, situação que, disse, bem humorada, poderá mudar em 2026, quando poderá disputar uma das duas vagas ao Senado, governo ou vice-governadora.

Já a filha do casal, Maria Victoria, será candidata a novo mandato na ALEP.

Ricardo, hábil político, conhece todas as nuanças e caminhos do poder. Por isso, ouvi-lo é sempre essencial.