STF determina revisão da distribuição de deputados federais com base no censo de 2022
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Congresso Nacional revise a distribuição de deputados federais por estado, com base nos dados do Censo Demográfico de 2022. O Congresso tem até 30 de junho de 2025 para aprovar uma lei complementar que estabeleça essa nova distribuição. Se não o fizer, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definir o número de deputados por estado até 1º de outubro de 2025, para que as mudanças entrem em vigor nas eleições de 2026 .
A Constituição Federal prevê que o número total de deputados, bem como a representação por estado e pelo Distrito Federal, seja estabelecido proporcionalmente à população, com ajustes no ano anterior às eleições, garantindo que nenhuma unidade da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados. No entanto, essa redistribuição não ocorre desde 1993 .
Com base nas estimativas populacionais do Censo de 2022, algumas unidades da Federação podem ganhar ou perder cadeiras na Câmara dos Deputados. Na região Sul, por exemplo, Santa Catarina poderia ganhar quatro vagas, passando de 16 para 20 deputados federais, enquanto o Rio Grande do Sul poderia perder duas, reduzindo de 31 para 29 cadeiras. O Paraná manteria suas 30 vagas atuais
Para evitar a perda de representação de alguns estados, há uma proposta em discussão para aumentar o número total de deputados federais de 513 para 527. Essa medida permitiria que estados com crescimento populacional significativo ganhassem cadeiras adicionais sem que outros perdessem representação .
É importante acompanhar as deliberações do Congresso Nacional sobre esse tema, pois as mudanças na composição da Câmara dos Deputados podem impactar a representação política das unidades da Federação e influenciar a distribuição de recursos e políticas públicas nos estados.