Varíola dos macacos: Brasil tem crescimento de 65% nas notificações em uma semana

O Brasil registrou um crescimento de 65% nas notificações de varíola dos macacos em uma semana. Nesta quarta-feira, 27, os registros chegaram a 978 casos confirmados, conforme dados do Ministério da Saúde. Há uma semana, eram 592. São Paulo é o Estado com mais registros (744), seguido do Rio (117) e de Minas Gerais (44).

Em nota, a pasta destacou que “segue em articulação direta com os Estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”.

Conforme explicou o Estadão, um dos principais empecilhos para dimensionar o alcance da monkeypox tem sido a variedade de manifestações da doença e a subnotificação. Com o período de incubação do vírus podendo variar de 5 a 21 dias, os primeiros sintomas geralmente incluem febre, dor de garganta, de cabeça e no corpo (que em alguns casos leva a uma primeira suspeita de infecção por algum vírus respiratório), além de inchaço dos gânglios. Alguns dias depois, surgem as lesões na pele, com pequenas erupções que podem se espalhar pelos dedos, mãos, braços, pescoço, costas, peito e pernas.

No sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que o avanço da varíola dos macacos configura uma emergência de saúde pública de importância internacional. Nesta quarta, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom pediu para “homens que fazem sexo com homens” diminuírem o número de parceiros, de relações sexuais e de exposição ao vírus. Eles representam a maior parte dos casos confirmados, mas isso não significa que outras pessoas não possam se contaminar.

Anvisa vai criar comitê de emergência

Também na quarta, 27, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai criar o Comitê Técnico da Emergência Monkeypox, para que as áreas técnicas de pesquisa clínica, de registro, de boas práticas de fabricação, de farmacovigilância e de terapias avançadas atuem em colaboração.

“A atuação do comitê permitirá ações coordenadas e céleres para salvaguardar a saúde pública, reunindo as melhores experiências disponíveis nas autoridades reguladoras, permitindo acelerar o desenvolvimento e as ações que envolvem pesquisas clínicas e autorização de medicamentos e vacinas”, explicou, em comunicado.