Castro, capital nacional do leite, investe em tecnologia para aprimorar produção

Produção de leite em Castro, nos Campos Gerais do Paraná — Foto: RPC Ponta Grossa

Castro, que fica na região dos Campos Gerais do Paraná, chegou ao topo do ranking nacional de produção leiteira. Com isso, a cidade ganhou o título de capital do leite. Atualmente, a cidade investe em tecnologia para manter a produção.

A conquista do título de capital nacional do leite começou há 70 anos, com a família do produtor Armando Rabbers. Os pais dele vieram da Europa para o Paraná.

“Meu pai, quando veio da Holanda, ordenhava leite manualmente e tinha horário para deixar na banca da estrada. Se perdesse esse horário, ele perdia a produção. Hoje, temos resfriador para gelar o leite até o caminhão vir buscar”, lembrou.

Atualmente, o produtor vê na tecnologia um meio para facilitar o trabalho do dia-a-dia e aumentar a qualidade do leite consumido.

Rabbers investiu em tecnologia de ponta. Trouxe para a propriedade o primeiro sistema robotizado da América Latina: a ordenha voluntária. Oito anos depois de ter adquirido a inovação, ele colhe os resultados no aumento da produtividade.

Na propriedade, são produzidos cerca de 5.500 litros de leite, por dia, com a ajuda da ordenha voluntária. O sistema funciona 24 horas por dia e é todo automatizado.

Boa parte do trabalho é feita por um braço hidráulico. Cada vaca é identificada pelo computador, que aponta todas as informações sobre o animal, inclusive a quantidade de leite produzido. Em média, são de duas a três ordenhas por dia.

“A importância da ordenha robótica é principalmente para o bem-estar animal e também do colaborador, porque não tem mais aquelas horas fixas para ele fazer a ordenha”, disse o produtor.

A região dos Campos Gerais é a que mais produz leite por animal. Destaca-se também pela tecnologia e pela qualidade do produto. São fatores que contribuem para uma produção diária cinco vezes maior que a média nacional.

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