Avanço da inteligência artificial foi tema do Seminário de Negócios Internacionais

Impactos da reforma tributária nos negócios internacionais, influência da inteligência artificial (AI) nas operações globais e oportunidades para mulheres em conselhos de empresas foram alguns dos temas debatidos no segundo e último dia do 3º Seminário de Negócios Internacionais do Paraná, realizado pelo World Trade Center (WTC) Curitiba e pelo Sistema Fiep, com patrocínio da Becomex e Deloitte e apoio da KPMG.

Em dois dias de evento no Campus da Indústria da Fiep, no Jardim Botânico, o Seminário de Negócios reuniu mais de 900 participantes em oito painéis, quatro palestras magnas e seis workshops, com mais de 30 palestrantes, além do Hall das Nações com representantes de consulados e embaixadas de dez países no Paraná. O seminário contou ainda com palestra da Confederação Nacional da Indústria (CNI), participação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), da Invest Paraná e de empresas como Electrolux, Renault e Airbus.

O networking em cerca de 20 horas de evento foi um dos pontos altos. “Não consegui participar do seminário em 2022, e assim que saiu a data deste ano me agendei para vir. A programação geral de painéis e palestras foi de alto nível. Nosso foco são as temáticas tributárias, o workshop sobre mulheres em conselhos e sobre uso de inteligência artificial nos negócios. O networking é excelente, vemos boas oportunidades para internacionalização e offshores”, elogia a participante Darkila Lorenzato, sócia da Libra Investimentos.

“A influência da tecnologia e IA nas operações internacionais” foi o tema do último painel da programação, que reuniu Gustavo Lacerda Coutinho, auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, Fabio Lima, data scientist da IBM, e Sobhan Daliry, CPO da Pipefy, com mediação de Cris Alessi, consultora de inovação.

A IBM apresentou cases de empresas como a Lufthansa, que atende 100 mil consultas de clientes anualmente e faz uso de IA generativa nesse processo. Já a startup Pipefy, criada em Curitiba em 2015, já começou global ao oferecer automação de processos para empresas como o Gympass e a DASA. Em 2022, teve receita próxima de 35 milhões de dólares.

“Nas trocas entre países, as aduanas têm a tarefa de parar ou deixar passar cargas. Isso gera custo para o importador e para o cliente final, ao mesmo tempo em que precisamos proteger o consumidor de mercadorias piratas, cumprindo a legislação. O Sistema de Seleção por Aprendizagem de Máquina (SISAM) está em uso há oito anos, aprendendo com histórico das declarações de importação, 100% integrado ao fluxo de importação. É a aprendizagem automática sem interferência humana”, detalhou Coutinho.

Foto: Divulgação WTC/Continue lendo