Em Foz do Iguaçu, PV representa ex-vereador do PT por ataques e ofensas a pré-candidato

O PV de Foz do Iguaçu entrou no último dia 24 de maio com representação na Frente Brasil Esperança contra o ex-vereador Dilto Vitorassi (PT) por ataques ao professor Nilton Bobato (secretário municipal de Governança) e à vereadora Yasmin Hachem. Recém filiados, Bobato é pré-candidato a prefeito e Yasmin vai concorrer à reeleição no legislativo municipal.

“Vitorassi vem desferindo sistematicamente e de forma reiterada inúmeras ofensas aos nossos filiados, especialmente dirigidas aos nossos pré-candidatos, com o objetivo de desqualificar e ridicularizar nossos quadros, chegando ao disparate de perpetrar grave ofensa institucional direcionada ao PV, onde afirma que nossa sigla ‘não é partido verde…. mas sim partido dos vigaristas’“, diz a representação assinada pelo presidente municipal do PV, Dilson Paulo Alves.

Os ataques, segundo o PV, são postados nos aplicativos, redes sociais e grupos de whatsapp para amplificar o alcance das postagens,”sejam através de diálogos escritos ou por meio de arquivos de áudio postados de modo a facilitar a disseminação dos conteúdos ofensivos e raivosos”, aponta Dilson Alves.

Providências
A representação, com pedido de providências, foi encaminhada à executiva nacional da Frente Brasil Esperança com cópia às presidentes nacionais Luciana Santos (PCdoB) e Gleisi Hoffmann (PT) e ao presidente nacional do PV, José Luiz Penna; ao presidente estadual do PV, Raphael Rolim de Moura; e à presidente municipal da frente, Mazé Saad.

A Frente Brasil Esperança é formada pelo PT, PV e PCdoB e nas eleições municipais de outubro vai lançar uma chapa com 16 candidatos a vereador (dez pelo PT, quatro pelo PV e dois pelo PCdoB), candidatos a prefeito e a vice ou participar de aliança com outros partidos na eleição majoritária. PV e PCdoB já lançaram seus pré-candidatos a prefeito, Bobato e Juca Rodrigues, e o PT tem Vitorassi e o ex-vereador Fernando Duso como pré-candidatos.

Na representação, os verdes pedem a abertura de procedimento ético-disciplinar, afastamento preventivo do ex-vereador “por violência política”, a determinação de “desagravo público aos ofendidos, incluindo o PV”. Os partidos integrantes da federação em Foz do Iguaçu devem prestar informações e apresentar relatório circunstanciado das inúmeras, recorrentes e sistemáticas agressões praticadas por Vitorassi.

O PV pede ainda esclarecimentos se o ex-vereador “tem realizado ou não encontros e conversas com lideranças políticas de outras agremiações partidárias e das declarações públicas que atentam contra os propósitos institucionais e afrontam os interesses políticos da própria federação”.

Violência política
Além das ofensas pessoais e das mentiras propaladas, segundo o PV, Vitorassi vem atuando de modo sistemático para diminuir a influência da própria Federação Brasil Esperança no debate político sucessório, inviabilizando a ampliação do arco de alianças e frustrando a federação “de agir com o protagonismo inerente ao histórico de lutas e de conquistas”.

Em relação a Bobato, o PV afirma que as reiteradas ofensas já redundaram na formalização de demanda judicial tendente à sua responsabilização. “Se você continuar falando as merdas que você fala, eu tenho que falar umas merdas pra você também. Pois o General e o Bobato não faz diferença alguma. Talvez o General seje melhor, seje mais sincero. Não seja uma (….) que nem o Bobato que se vende por qualquer merda”, registrou o PV da parte das ofensas proferidas por Vitorassi.

No que diz respeito à vereadora Yasmin Hachem, os ataques de Vitorassi, segundo o PV, se intensificaram após a oficialização de sua filiação junto ao partido e “evidenciam comportamento misógino e incompatível com os deveres de urbanidade e ética”. “…esta vereadora além de não ter conteúdo algum, ainda é uma (…) deixou de assinar CPI transporte coletivo urbano” “Ficará de fora da majoritária e dá proporcional ou gastarei todas minhas forças para desconstruir qualquer oportunista que aparecer”, registrou o PV das ofensas de Vitorassi.

As agressões do ex-vereador, segundo o PV, atentam à federação e obstaculizam “a atuação orgânica dos partidos federados, a adoção de um calendário conjunto de atividades e eventos, além de frustrar um planejamento estratégico coletivo para garantir um papel de protagonismo e de destaque à altura da pujança dos valores partidários compartilhados”.