Paraná é considerado muito seguro pela agência de risco globais

A agência de classificação de risco Fitch promoveu o Paraná à nota AAA(bra), a mais alta da escala nacional, na sua última revisão dos “ratings” de governos locais e regionais brasileiros. Além disso, a perspectiva da nota de crédito do Estado foi mantida como “estável”, o que reflete uma posição financeira sólida e um ambiente propício para investimentos. 

A classificação AAA(bra) é uma espécie de selo de aprovação financeira voltado a orientação de investidores, instituições financeiras, organizações de fomento, entre outras. Significa que o Paraná é considerado muito seguro pela agência. 

“A promoção do Paraná para a classificação AAA(bra) já era esperada, de certa forma, devido ao sucesso que obtivemos nos últimos anos no que diz respeito ao equilíbrio fiscal. Ele foi alcançado devido a uma política prudente de contenção de gastos”, diz o secretário da Fazenda, Renê Garcia Júnior.

AJUSTE – Em comunicado na última semana, a agência Fitch esclarece que a atual revisão – que também beneficiou o município de São Paulo, o município de Niterói, o estado de São Paulo, o estado de Alagoas e o estado do Rio de Janeiro – não se deve a uma mudança na situação financeira dos governos. Em vez disso, ela reflete um ajuste na forma como a Fitch atribui classificações a emissores de crédito subnacionais.  

No início do mês, a Fitch já havia elevado a nota de crédito do Paraná e de outros cinco governos estaduais e municipais, de BB- para BB. No entanto, aquela classificação era limitada pela nota soberana no Brasil, que também havia subido de BB- para BB. Pela metodologia da agência, nenhum emissor subnacional pode ser classificado acima do rating soberano do país. 

A nova escala evidencia o fato de o Paraná ter a classificação mais alta na escala nacional, ou seja, o menor risco de crédito dentre os emissores do Brasil. 

“A redução do ICMS sobre energia e combustíveis, provocada pelas leis complementares 192 e 194 em âmbito nacional, gerou frustração de arrecadação nos estados desde meados do ano passado. A isso associou-se um aumento nas despesas correntes. Mas temos uma situação de caixa expressiva, que nos permite passar por momentos de intempéries. Nosso equilíbrio nos leva a crer que passáramos os próximos anos em uma situação confortável”, afirma a Fitch.

Foto: Arnaldo Alves/Arquivo AEN