Queijo colonial do Sudoeste conquista Indicação Geográfica e reforça tradição produtiva do Paraná

O queijo colonial produzido no Sudoeste do Paraná recebeu, nesta terça-feira (17), o selo de Indicação Geográfica (IG) concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), tornando-se o 19º produto paranaense com essa certificação. O reconhecimento abrange 42 municípios e valoriza o saber-fazer regional, fortalecendo o posicionamento do Paraná como referência nacional em alimentos de origem. A expectativa é que a IG amplie mercados, agregue valor e aumente a renda dos produtores locais.

O processo para obtenção da IG contou com articulação do Governo do Estado, por meio do IDR-Paraná, e apoio de instituições como o Sebrae/PR, UTFPR, Cresol e prefeituras. Produtores da região celebram a conquista como reconhecimento à dedicação diária e à herança cultural italiana que moldou a produção leiteira local. Para Angela Bach, de Santa Izabel do Oeste, a certificação representa o reconhecimento de uma trajetória familiar que atravessa gerações. Já para Cristina Bombonato, de Pinhal de São Bento, a IG traz ainda mais responsabilidade e compromisso com boas práticas e qualidade.

A região é a principal bacia leiteira do Paraná, com cerca de 20 mil produtores e produção anual estimada em 1 bilhão de litros de leite. São mais de 300 queijarias em funcionamento no estado, sendo 40 apenas no Sudoeste. O selo de IG não apenas destaca a excelência do produto, mas preserva a história, a cultura e o vínculo comunitário das famílias produtoras, consolidando o Sudoeste como um polo de tradição, qualidade e inovação na cadeia do leite e do queijo artesanal.