As campanhas políticas e a fome no Brasil

Enquanto vemos nos noticiários candidatos políticos gastando milhões em propaganda também assistimos a uma tragédia diante de nossos olhos: a fome. A fome atinge três em cada dez famílias no Brasil. 

Até hoje, acompanhando planos de governos, debates e principalmente postagens nas redes sociais, pouco ouvi falar no combate a fome. 

De acordo com o levantamento, com a escalada da fome durante a pandemia, neste ano, 33,1 milhões de pessoas relataram não ter o que comer.

Dados da insegurança alimentar mostra que o número de pessoas com fome corresponde a 15,5% da população brasileira. Esta parcela da população vive insegurança alimentar grave, quando há privação no consumo de alimentos e fome.

Outros 15,2% vivem insegurança alimentar moderada, quando não há quantidade suficiente de alimentos. Além disso, 28% dos brasileiros passam por insegurança alimentar leve, quando há incerteza quanto ao acesso à comida em um futuro próximo.

Em campanhas políticas, o que ouvimos do candidato e presidente, Jair Bolsonaro, foi não haver fome para valer no Brasil e não é como o falado.

O candidato Lula também pouco fala em combater a fome e usa seu tempo na televisão para dizer o que fez para os pobres e não diz quase nada sobre o problema da fome.

As famílias que mais passam necessidades com falta de alimento estão nas regiões Norte e Nordeste do país. Alagoas é o estado em que os casos de insegurança alimentar grave são mais frequentes, atingindo 36,7% das famílias pesquisadas.

Segundo o estudo, outro estado com situação agravante é o Amapá, onde 32% da população não tem o que comer.

“Já não fazem mais parte da realidade brasileira aquelas políticas públicas de combate à pobreza e à miséria que, entre 2004 e 2013, reduziram a fome a apenas 4,2% dos lares brasileiros. As medidas tomadas pelo governo para contenção da fome hoje são isoladas e insuficientes, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, do desemprego e da queda de renda da população, com maior intensidade nos segmentos mais vulnerabilizados”, avalia Renato Maluf, Coordenador da Rede PENSSAN.

Fonte:Paraná Portal/Foto:Divulgação