Paraná em alerta: Casos de influenza aviária em granjas comerciais mobilizam ações de vigilância
Um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foi confirmado em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, segundo comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) à Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) na última sexta-feira (16). Até o momento, não há registros de casos suspeitos ou confirmados no Paraná, mas o Estado reforça sua vigilância sanitária diante da gravidade do cenário.
Como maior produtor e exportador de frango do Brasil, com mais de 2 bilhões de aves abatidas em 2024 e mais de US$ 4 bilhões em exportações, o Paraná tem adotado protocolos rigorosos de biosseguridade para proteger seu status sanitário.
O governo estadual mantém um decreto de emergência zoossanitária, ampliando medidas como:
- Suspensão de visitas não essenciais às granjas;
- Reforço em barreiras sanitárias e controle de acesso;
- Desinfecção de veículos e equipamentos;
- Monitoramento de aves silvestres e migratórias, especialmente no litoral, com apoio da UFPR.
Casos Possíveis no Brasil:
- Desde 2023, o Brasil já havia registrado casos em aves silvestres, mas este é o primeiro foco comercial confirmado no país;
- Com isso, países como China e União Europeia suspenderam temporariamente a compra de carne de frango brasileira, seguindo protocolos mais antigos;
– Japão e Arábia Saudita, no entanto, mantêm relações comerciais com base em protocolos modernos, que só impõem restrições regionais e pontuais.
A Adapar destaca que não há risco de transmissão da doença pelo consumo de carne de frango ou ovos, desde que oriundos de estabelecimentos inspecionados.
O secretário de Agricultura do Paraná, Marcio Nunes, afirmou que o Estado está preparado e confiante em sua estrutura de defesa agropecuária, com 131 escritórios locais, 33 postos nas divisas e forte articulação com prefeituras e sindicatos rurais.
A missão agora é evitar a disseminação da doença nas granjas comerciais, preservando a sanidade animal, a produção avícola e a economia do setor.
Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN