Estudo aponta que expansão de rede de transporte de gás nacional pode gerar mais de 100 mil empregos

Documento destaca a importância de investimentos para garantir a segurança energética do Brasil

Em um momento que se discute a necessidade de se ampliar a malha de gasodutos pelo país, inclusive com obras do PAC, para reverter os gargalos existentes, diminuir a dependência brasileira do gás oriundo da Bolívia e diante da possibilidade de queda da capacidade do Campo de Mexilhão, a NTS, em parceria com o Grupo de Economia de Energia da Universidade Federal do Rio do Janeiro (UFRJ), lança um mapeamento inédito e exclusivo que analisa os efeitos econômicos, sociais e ambientais, ligados aos novos investimentos em gasodutos do projeto Corredor Pré-Sal Sul” da companhia, que vai beneficiar as regiões de São Paulo e do Sul do país.

Segundo o estudo “Impactos socioeconômicos dos investimentos em gás natural: análise do Corredor Pré-Sal Sul”, entre os efeitos mais significativos do projeto estão a geração de mais de 100 mil postos de trabalho, renda de R$ 5 bilhões, massa salarial de R$ 2 bilhões e arrecadação de ICMS superior a R$ 200 milhões.
Os organizadores do estudo, os professores Helder Queiroz e Marcelo Colomer, apontam que a interconexão de gasodutos e ampliação dos investimentos de médio prazo são fundamentais para o desenvolvimento das indústrias locais e a manutenção da segurança energética nacional. Se o cenário atual se mantiver, umas das consequências apontadas será o aumento da importância de GNL, a dependência de acionamento de termelétricas e até mesmo o aumento de emissões de gases do efeito estufa. O estudo aponta dois cenários distintos de acordo com as medidas adotadas: sem os investimentos no DB2 e com seu desenvolvimento.

A NTS é responsável pelo transporte de 50% do gás que circula pelo Brasil e foi a primeira transportadora em 10 anos a efetuar ampliações na malha. Desde então, vem apresentando ao mercado estudos que estão em análise pelos órgãos reguladores, para o tratamento de gargalos do sistema integrado de transporte que permitirão a continuidade do atendimento a São Paulo e, por conexões no sistema, ao Sul do Brasil.

“A proposta central é criar um fluxo de abastecimento a partir do Rio de Janeiro para maximizar a produção de gás do pré-sal e evitar a criação de duas áreas de mercado, uma abastecida com gás natural nacional e outra (São Paulo e Região Sul) predominantemente abastecida com gás natural liquefeito importado, com preços muito diferentes”, explica o diretor Comercial da NTS, Helder Ferraz.


Os impactos positivos nos estados do Sul se dão em função da conexão da NTS com o Gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL). Estima-se a construção de mais de 300 quilômetros de dutos e quatro estações de compressão, com foco em ampliar o transporte de gás natural para as regiões mais industrializadas do país e que hoje já estão com a luz vermelha acesa em função da possível queda de fornecimento do gás vindo da Bolívia e do Campo de Mexilhão.
Desta forma, reforça o estudo da UFRJ, é preciso criar condições para o desengargalamento do sistema, de forma que o gás natural nacional seja transportado para desenvolver o país, garantindo sua segurança de abastecimento. Nesse momento, a empresa está fazendo uma consulta ao mercado dos projetos que constam no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para validação das curvas de oferta e demanda de gás na malha interligada de gasodutos.

“Os resultados do estudo mostram o impacto que o desenvolvimento dessa infraestrutura é relevante e tem impactos extremamente positivos para as regiões afetadas. A NTS tem interesse nesse investimento, mas eles somente serão possíveis com o desenvolvimento da regulamentação que suporta a implementação da nova lei do gás, aprovada em 2019. Nesse sentido, a revisão do arcabouço regulatório, torna-se fundamental uma vez que o regramento vigente limita a proposta da lei para a abertura do mercado. Por outro lado, essa infraestrutura tem prazo para ser desenvolvida, então a instituição de regras transitórias específicas também se faz necessária”, aponta Erick Portela, CEO da NTS.

Sobre a NTS
A NTS é uma empresa nacional, criada em 2017, com a missão da transportar gás natural de forma sustentável e segura. Com mais de 2000 km de malha e capacidade de entrega de 67 milhões de m³, responde por 50% de todo o gás natural transportado no Brasil, ligando os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo aos gasodutos da TAG e TBG, assim como aos terminais de GNL e a plantas de processamento de gás.